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No Dia das Crianças, vereador Filipe Martins faz apelo: Deixem nossas crianças em paz!

Neste Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro, o vereador Filipe Martins fez questão de enviar um alerta aos pais sobre os cuidados que precisam ter no uso da Internet por crianças e adolescentes. Para o parlamentar é preocupante o fato de os pequenos estarem sendo expostos a todo tipo de conteúdo. 

Denúncias de exposição de crianças e adolescentes nas redes estão entre os cinco tipos de violações mais denunciados ao Disque 100. O levantamento sobre esse tipo de violência, considerando o local onde ocorre, inclui casos de pedofilia, cyberbullying e pornografia infantil. 

De acordo com um relatório da Norton Cyber Security, em 2017, o Brasil se tornou o segundo país com o maior número de casos de crimes cibernéticos. 

“São tantos ataques para tentar entrar na mente das nossas crianças que meu pedido é que as deixem em paz. Deixem nossas crianças serem crianças. Que cada lar possa ter sabedoria para conduzir e proteger nossos pequenos de tantas influências que surgem de todas as partes” pediu o vereador de Palmas.

Recentemente, Filipe Martins denunciou jogos e desafios como o da Boneca Momo, Homem Pateta, Baleia Azul, Rasteira e tantos outros que colocam em risco a vida dos pequenos. O jornal Extra mostrou que a febre dos desafios tem deixado os pais cada vez mais preocupados. Ainda mais porque crianças e adolescentes são mais suscetíveis a copiarem o que assistem na internet.

Em entrevista ao portal, Renata Ishida, a psicóloga e coordenadora pedagógica do conteúdo do Laboratório Inteligência de Vida (LIV), defende que pais e professores deveriam oferecer alternativas mais atraentes às crianças e adolescentes. Opções capazes de superar a capacidade da internet de surpreender e entreter este público.

Desenhos  LGBT

Filipe Martins também pede aos pais que fiquem atentos quanto aos desenhos que apresentam pautas do movimento LGBT que cada vez mais ganham espaço no mundo dos desenhos infantis. O parlamentar entende que os desenhos animados deixaram de lado a neutralidade.

Uma reportagem do Purebreak mostra que existem atualmente 37 personagens LGBTQIAP+ em desenhos animados. O site diz: “Seja em forma de anime, animações para adultos ou para o público infantil, personagens queer estão cada vez mais presentes nos desenhos animados, mesmo que muitas vezes de forma sútil ou implícita.”

Dentre os desenhos que ganharam personagens LGBT, temporários ou permanentes, estão Clifford, Doutora Brinquedos, Ducktales, Meu Pequeno Pônei e Arthur. A Netflix foi mais longe e lançou SuperDrags, uma animação sobre um grupo de drag queens que combate o crime. Além disso, uma breve pesquisa no YouTube Kids, plataforma destinada às crianças, exibe uma variedade de vídeos com a temática LGBT.

A Disney+, serviço de streaming da Disney, também produz conteúdo LGBT. Em seu canal no YouTube, a companhia publicou um minidocumentário da Marvel que celebra como “heroína” uma criança de 12 anos que nasceu um garoto e se identifica como garota. 

Já a Pixar, que pertence à Disney, veiculou recentemente, a animação “Out”, que trata de um rapaz que se assume gay para os pais. Em um breve depoimento antes do início das cenas, o diretor Steven Hunter comemorou o fato de que o desenho inclui um beijo gay: “Eu nunca tinha visto dois caras se beijando em um filme da Disney”.

Segundo a Folha de São Paulo na animação “Frozen: Uma Aventura Congelante”, a rainha Elsa canta sobre o sentimento de se libertar,  e foi associada à homossexualidade sendo questionada pela ministra Damares Alves. O novo Superman, filho de Clark Kent assumirá ser bissexual, revela DC Comics. A informação é do DC Comics ao site IGN nesta segunda-feira (11/10).

Efeitos comprovados

Reportagem da Gazeta do Povo mostra que a presença de conteúdo LGBT na programação infantil não significa que as crianças que consomem esse tipo de programação vão se tornar gays ou transexuais. Mas, se os estudos sobre a influência da TV sobre as crianças estiverem corretos, é provável que elas se tornam no mínimo mais inclinadas a adotar posições menos ortodoxas em temas como o casamento gay ou a mudança de gênero. O argumento de que esses “são apenas desenhos”, que não têm efeitos notáveis sobre o comportamento das crianças, já foi refutado: a programação infantil tem o poder de influenciar os telespectadores, para o bem e para o mal.

O Stanford Children’s Health, da Universidade de Stanford, por exemplo, adverte os pais a terem cuidado antes de exporem as crianças a certos tipos de conteúdo – embora não mencione especificamente a questão da homossexualidade. “Conforme as crianças crescem e se desenvolvem, elas podem facilmente ser influenciadas pelo que elas veem e escutam, especialmente nas mídias digitais”, diz o texto, explicando que essa categoria abarca a TV, a internet e smartphones. “Os dados demonstrando a influência negativa da exposição de crianças à violência, sexualidade inapropriada e linguagem ofensiva são convincentes”, apontou outro estudo, publicado pelo National Institute of Health, entidade do governo americano.

Ainda segundo a Gazeta, Pesquisadores já atestaram que a exibição de desenhos animados com o conteúdo adequado é capaz de influenciar crianças a adotarem hábitos mais saudáveis, como o de comer vegetais. “O que quer que as crianças aprendam enquanto assistindo aos desenhos animados, eles tendem a imitar, influenciando, portanto, seu modo de socializar com outras crianças e com o mundo”, afirmaram pesquisadores da Nigéria em um estudo similar.

Um levantamento feito com crianças adolescentes israelenses apontou que crianças mais vulneráveis tendem a se identificar mais intensamente com personagens com comportamento negativo, enquanto as crianças não-vulneráveis tinham mais propensão a seguir os modelos positivos. “A ligação que as crianças desenvolvem com os personagens de TV é similar aos relacionamentos que as crianças costumavam ter como partes de uma família estendida dentro de uma tribo ou um clã”, afirma o artigo.

No Brasil, o debate sobre o efeito da programação infantil ganhou força há alguns anos, quando organizações como o Instituto Alana começaram a advogar pela proibição da publicidade infantil. O argumento era o de que meninos e meninas são mais suscetíveis ao conteúdo audiovisual. “A publicidade na TV e na internet são as principais ferramentas do mercado para a persuasão do público infantil, que cada vez mais cedo é chamado a participar do universo adulto quando é diretamente exposto às complexidades das relações de consumo sem que estejam efetivamente preparado para isso”, diz um dos relatórios produzidos pela organização.

O Alana conseguiu o que pretendia. Em 2014, uma resolução do Conanda barrou esse tipo de divulgação para crianças de até 12 anos. “Considera-se abusiva, em razão da política nacional de atendimento da criança e do adolescente, a prática do direcionamento de publicidade e de comunicação mercadológica à criança, com a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço e utilizando-se, dentre outros, dos seguintes aspectos: linguagem infantil, efeitos especiais e excesso de cores, trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas por vozes de criança (…) desenho animado ou de animação”, afirma o texto.

Como os desenhos com temática LGBT são recentes, não existem estudos aprofundados sobre o efeito desse tipo de conteúdo sobre as crianças. Mas há indícios de que o consumo de conteúdo sobre transexualidade na internet está associado a um fenômeno chamado de “disforia de gênero de desenvolvimento rápido”. O termo, cunhado pela pesquisadora Lisa Litmann, da Universidade de Brown, se refere a adolescentes, geralmente do sexo feminino, que passam subitamente a se identificar como transexuais, em parte por causa da influência do meio e da pressão de colegas.

 

 

 

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