Um vídeo que começou a circular em grupos de whatsapp nesta quinta-feira, 20, mostra um homem que, supostamente seria o diretor da Escola Estadual Dom Alano, fazendo um sinal de “L” para alunos em sala de aula, o que seria uma referência à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto.
“Meu voto é secreto…Eu voto em bandido, mas é um bandido legal”, diz o suposto diretor.
O vereador e deputado federal eleito, Filipe Martins (PL) disse que irá formalizar denúncia e buscar explicações sobre o caso.
“A escola não é lugar para que profissionais influenciem crianças e adolescentes com suas preferências políticas. É inaceitável esse posicionamento dentro da sala de aula. E se fosse alguém se posicionando a favor de Bolsonaro?”, questionou o vereador, que já fez ofício solicitando explicações da Secretaria Estadual de Educação.
O parlamentar disse ainda que o espaço está aberto para explicações tanto da escola quanto da Secretaria de Educação e até mesmo do diretor.
Conforme o cientista político e professor universitário Humberto Dantas, não é uma prática legal a instituição – ou o docente – demonstrar seu posicionamento político ou pedir votos para determinado candidato.
Para ele, esse apoio pode influenciar não só os estudantes, mas também a família dos alunos. Ele afirma que, em termos legais, o papel da escola deve ser o de não se posicionar. “O que a instituição deve fazer é estimular seus alunos a olharem para a política como um canal real, legítimo e legal de transformação”, destacou Dantas.